O futebol de Brasília teve noite de gala na última segunda-feira (8). Depois de encerrado o 42º Campeonato Brasiliense de Futebol, com a equipe do Brasiliense campeã e o Ceilândia vice-campeão, foi a vez de premiar os “Melhores do Candangão 2017”.
O evento, que conta com o apoio da Federação de Futebol do Distrito Federal, neste ano contemplou 36 profissionais de diversas categorias - jogadores, profissionais de comissão técnica, dirigentes, imprensa esportiva, arbitragem e personalidades do esporte - . Na ocasião, também foi escolhida a "Musa do Candangão", título conquistado pela representante do Ceilândia, Layane Nobre.
O Blog "Meu Camisa 6" conversou com o idealizador do Prêmio Melhores do Candangão, Jânio Gomes, membro da diretoria da ABCD - associação que congrega a imprensa esportiva no Distrito Federal -. Com passagens por emissoras de renome, como Rádio Globo Natal e OK FM de Brasília, Jânio joga no time dos amantes do rádio " Sou uma cara apaixonado ao extremo por aquela coisinha maravilhosa chamada rádio... apesar de ter apresentado muitos programas musicais, foi no departamento de esporte que eu me encontrei", disse o comunicador que também tem passagem pela TV Bandeirantes.
O goiano de São Domingos, que atua há mais de uma década na crônica esportiva, mostra-se orgulhoso ao falar do Prêmio Melhores do Candangão, que organiza pelo segundo ano consecutivo, e declara o seu desejo em relação ao futebol de Brasília: " Sinto-me feliz por proporcionar momentos de alegria aos agraciados pós-campeonato... o que eu mais gostaria de ver acontecer num curto espaço de tempo seria a volta de um time de Brasília, seja ele qual for, numa divisão de destaque no cenário nacional", afirmou o radialista.
Entre os muitos premiados da noite de segunda-feira estão Fábio Villa Nova ( Melhor Repórter de Rádio ) e Haland Guilarde ( Melhor assessor de imprensa), que além de ostentarem troféus de melhores, têm em comum o sentimento de que muita coisa precisa melhorar, deixando claro que nem tudo no mundo da bola é festa!
Villa Nova falou da emoção ao ser chamado ao palco do Prêmio Melhores do Candagão: " Quando meu nome foi anunciado, o coração quase saiu pela boca. Realmente, foi emocionante! Até para fazer um pequeno discurso foi complicado", destacou.
O repórter, no entanto, chamou atenção para o outro lado da moeda: " Fazemos futebol aqui em Brasília somente pelo amor ao esporte e à profissão... não temos um salário fixo, os horários nas rádios destinados ao esporte são terceirizados", ressaltou.
O assessor de comunicação da Federação de Futebol do Distrito Federal e do Real Futebol Clube, o jornalista Haland Guilard, dono de um currículo admirável, no qual elenca veículos como Correio Braziliense, TV Globo e TV Band, chama atenção para a realidade contrastante com o glamour ostentado pelo esporte: " Vivemos um futebol sem apoio das iniciativas pública e privada. Deste modo, temos que matar um leão a cada dia para nos manter realizando as atividades de maneira profissional. Por isso, eu considero um prêmio de grande valia, não apenas para mim". Quando indagado sobre como a imprensa poderia contribuir para mudar essa história, Haland foi enfático: " Na verdade, a imprensa é uma vítima da fragilidade do futebol na maioria das praças do país. Na maioria das vezes quem não valoriza são os próprios clubes", frisou o jornalista.
O Blog "Meu Camisa 6" agradece aos entrevistados e parabeniza os premiados do Troféu Melhores do Candangão 2017. E que, especialmente, os olhos da iniciativa pública se voltem para o futebol, considerando que ter um time numa divisão de destaque no cenário nacional, como bem colocou Jânio Gomes, da ABCD, resultaria em mais empregos e aqueceria a economia, sobretudo, na parte de hotelaria.
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